NOTÍCIA JORNAL OJOGO (na íntegra) - Ligação
O Aves está em penúltimo na Liga. É mau? É negativo? Neca, o treinador da equipa da freguesia do concelho de Santo Tirso, diz que não. "Estes meses do ano que agora está a terminar foram positivos. Entrámos em 16º, já estamos em 15º... Se em 2007 formos capazes de continuar a trabalhar como temos vindo a trabalhar, vamos saltar mais um lugar. Não é fácil, mas é mais um passo. Já recuperámos um em 2006 e estamos felizes por aquilo que fizemos", comentou.
A primeira vitória do Aves no campeonato foi obtida na 10ª jornada, na recepção ao Nacional. Claro que um prolongado jejum de vitórias não estava nas perspectivas iniciais, mas Neca encontra uma explicação rápida e sustentada. "Entraram muitos jogadores jovens, onze fizeram a sua estreia na I Liga e outros 11 fizeram a sua reentrada. Houve uma necessária adaptação, em condições difíceis, mas agora estamos um pouco melhores". Os limites da ambição estão bem definidos, garante o técnico responsável pelas duas subidas ao patamar principal. "Temos que viver sempre dentro da realidade, ou seja, não pensarmos que somos mais do que realmente somos. Se formos capazes de potenciar a nossa realidade, estaremos sempre mais perto daquilo que é possível atingir. Se pensarmos muito alto somos capazes de cair demasiado cedo".
Ser pragmático não impede Neca de revelar uma fé infindável. "Estamos com esperança renovada e uma confiança sem limites. Na época passada, nesta altura, estávamos a seis pontos da subida e muita gente não pensava que era possível. No nosso grupo acreditávamos e conseguimo-lo. Agora, estamos um ponto abaixo da linha de água e esse ponto é possível conquistá-lo com entusiasmo, com união e a disponibilidade de toda a gente".
Neca tinha dito que não queria falar dos reajustamentos no denominado mercado de Inverno. Por ser um caso especial, abriu uma excepção no que respeita a Ricardo Nascimento, acabado de regressar a um clube onde viveu bons momentos. "É o reencontro com um jogador de quem gosto muito. Incentivei-o antes de ele ir para a Coreia, porque já conhecia aquele país. Veio de lá muito feliz e também por vir para um clube que ele bem conhece, todos gostam dele e ele também gosta muito do clube. Vem outro jogador, tem outra maturidade. Viajar e conhecer outras culturas transmite maturidade que quem só passa por essas situações é capaz de avaliar".
