EQUIPA AXADREZADA NÃO CONSEGUIU CUMPRIR PRESSUPOSTOS
CAMPEONATO A 14 É UMA HIPÓTESE
"A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) poderá decidir-se pela redução para 14 do número de clubes na próxima Liga Vitalis, caso se confirme a intenção do Boavista em não participar nas competições profissionais na época 2009/10.
A redução do número de clubes na Liga de Honra é uma solução prevista no ponto 5 artigo 91º do Regulamento de Competições, a que a Liga de Clubes poderá recorrer, na impossibilidade de "repescar" as equipas que terminaram o último campeonato nos lugares de despromoção.
As decisões de hoje da Comissão Executiva da Liga, sobre o processo de candidatura dos clubes e SAD para a época 2009/2010, colocam o E. Amadora e o Vizela fora das Ligas profissionais, abrindo duas vagas, que, pelos regulamentos, deveriam ser para Boavista e Gondomar.
Só que a Comissão Disciplinar (CD) da LPFP tinha anunciado a 9 de Junho a despromoção do Vizela, e também do Gondomar (que já tinha descido desportivamente), na sequência do processo de corrupção desportiva Apito Dourado. O Vizela recorreu para o Conselho de Justiça da FPF, que hoje divulgou ter considerado o recurso improcedente.
E. Amadora (por ter visto a sua inscrição rejeitada hoje), Vizela e Gondomar ficam assim relegados para a 2.ª Divisão, mas a esse trio pode juntar-se o Boavista, por opção própria: o clube anunciou publicamente na passada quinta-feira que ficava impedido de jogar as competições profissionais.
O comunicado da Comissão Executiva da Liga termina, no entanto, abrindo as portas ao Boavista para que jogue na Liga de Honra, se quiser: "(...) comunica-se ter sido deliberado solicitar ao Boavista Futebol Clube, Fut., SAD a confirmação sobre a intenção publicamente anunciada de não participar nas competições profissionais na época desportiva 2009-2010".
Se o quadro actual não registar mais alterações - o E. Amadora anunciou recorrer da decisão para o Conselho de Justiça da FPF -, são despromovidos da Liga Sagres o E. Amadora e Trofense, mantendo-se o Belenenses. Sobem Olhanense e U. Leiria.
Para a 2.ª Divisão caem E. Amadora, Vizela e Gondomar e ainda o Boavista. As subidas do Fátima e do Chaves à Liga de Honra fazem com que o quadro mais provável nesta divisão seja a redução para 14 clubes, pelo menos durante uma época." - RECORD
Ligações:
RECORD - "Prova poderá ter 14 clubes"
ESCUTAS TELEFÓNICAS DO FUTEBOL PORTUGUÊS
Ligações:
GONDOMAR TAMBÉM FOI "CONDENADO"
No âmbito do colóquio «Os novos desafios do Futebol», organizado em Lourosa pela respectiva junta de freguesia e a Associação Nacional de Treinadores, Hermínio lembrou a necessidade de diminuição de despesas no futebol.
«Temos de cumprir com as nossas obrigações. Nós temos de conseguir erradicar do futebol as questões do incumprimento salarial. Se queremos ter esta imagem de credibilidade para aumentar as receitas, não podemos continuar a dar exemplos de incumprimento», declarou.
O presidente da LPFP recordou que foi feito um estudo «sócio-económico e desportivo» para avaliar se as possíveis alterações se justificam na realidade financeira dos clubes. «O que está em cima da mesa é a possibilidade de passar a haver duas séries de 10 clubes, uma Norte e outra Sul, com um sistema de play-off, ou não, nas descidas e subidas», explicou Hermínio.
INTERRUPÇÃO ATRÁS DE INTERRUPÇÃO NA VITALIS
"É difícil ganhar entusiasmo com esta liga. Quando começa a ter algum interesse, lá vai a competição, apelidada de «prova de regularidade», de férias para dar lugar a jogos da Selecção Nacional, da Taça de Portugal ou da Taça da Liga. Em menos de quatro meses da nova temporada, a principal competição já sofreu quatro grandes interrupções e já está quase a ir de férias outra vez. A redução de clubes serviu de pretexto para a constituição de um calendário tão folgado que roça o tédio.
O campeonato arrancou em finais de Agosto com duas jornadas, mas as primeiras emoções ficaram depois adiadas por quase um mês. Dois jogos da Selecção Nacional (Malta e Dinamarca) encolheram o mês de Setembro, que para a Liga começou no dia 20, para apenas duas rondas. Uma terceira jornada a abrir o mês de Outubro permitiu a maior série de semanas com jogos da Liga: 3 (!). Quando começava a ser possível ter uma noção da composição das equipas, das respectivas tácticas e do entrosamento dos reforços, lá veio mais uma paragem.
Mais um longo jejum de quase um mês a baralhar tudo. Desta vez a dupla jornada da Selecção Nacional (Suécia e Albânia) foi aliada à terceira eliminatória da Taça de Portugal. O onze que tinha jogado há um mês pouco ou nada tinha a ver com o que agora entrava em campo. Ainda assim, o final de Outubro voltou forte com duas jornadas a fechar o mês. Novembro começou, depois, a meio, no dia 14, depois de mais um compromisso da Selecção Nacional, desta vez de carácter particular, no Brasil, com um resultado que deixou ainda mais saudades da Liga. Até ao final do mês, uma série de três jornadas sem interrupções com mais uma a abrir Dezembro: um luxo, com quatro semanas seguidas com jogos da Liga.
Novo líder, recorde de golos e¿nova interrupção. A Liga volta a parar para dar lugar a um misto da 5ª eliminatória da Taça de Portugal com a antecipação de dois jogos da 3ª fase da Taça da Liga. Era mesmo preciso parar a Liga? Não se podiam fazer estes jogos a meio da semana? Até final do ano está prevista apenas mais uma ronda da Liga¿antes das férias de Natal.
Uma rotação impressionante com onze jornadas em quatro meses só batida¿por quase toda a Europa. Aqui ao lado, em Espanha, apesar de a liga ter começado mais tarde, já estão cumpridas 14 jornadas (e eles também têm selecção e uma Taça do Rei). Itália já soma quinze jogos e Inglaterra já vai com dezasseis. E, como habitualmente, nem o Natal vai travar os ingleses. " - MAISFUTEBOLBARCELENSES PUNIDOS POR TENTATIVA DE ALICIAMENTO A JOGADORES DA OLHANENSE
FPF DEMORA A DECIDIR PROCESSOS AO GONDOMAR E AO VIZELA. PENAFIEL E FÁTIMA VÃO AGIR
O dirigente reagiu à acusação da SAD estorilista de que o Desportivo das Aves e outros seis clubes (Olhanense, Gondomar, Freamunde, Fátima, Feirense e Vizela) apresentaram pressupostos financeiros falsos no início do campeonato, o que os impediria de competir.
Segundo o presidente avense, «os custos com o pessoal são reduzidos, porque o quadro do Desportivo das Aves é pequeno». «Só pagamos aos atletas e equipa técnica. Aqui os dirigentes não são remunerados, não há nenhuma SAD», afirmou, numa "bicada" à sociedade anónima do Estoril, detida maioritariamente pelo empresário João Lagos.
João Freitas confirmou que o orçamento de 370 mil euros corresponde à realidade avense, sendo que «como é óbvio, podem haver alterações ao longo da época, com saídas e entradas de jogadores em Dezembro, por exemplo», o que aconteceu no Desportivo das Aves.
Segundo o responsável, essas mexidas no plantel podem até ter ditado que tenham gasto «ainda menos». João Freitas reforçou que os responsáveis do clube estão «completamente descansados» e afirmou que, tal como o Estoril, também pugnam pela verdade desportiva.
O dirigente assegurou que o clube faz uma «gestão equilibrada» e, por isso, consegue fazer «orçamentos baixos». «O deste ano é até superior ao do ano em que subimos de divisão. Sei o que outros clubes pagam aos jogadores, mas aqui só pagamos o que podemos», atirou.
João Freitas frisou ainda que em Dezembro «o Desportivo das Aves fez inúmeros sacrifícios financeiros para regularizar a sua situação fiscal», quando a Liga apenas exige tal pressuposto antes do campeonato começar." - LUSA
